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    Alerta sobre privacidade durante Copa é emitido por Autoridades Europeias

    Tempo de leitura estimado (em minutos):

    A Copa do Mundo é uma atração e tanto. E é uma novidade a realização em um país do Oriente Médio: o Catar é o primeiro país árabe a sediar. Fora dos campos, existem questões que chamam a atenção. No caso atual, envolvendo dados pessoais que chamaram a atenção de autoridades no velho continente.

    O Qatar se interessou em sediar o torneio, a votação da FIFA elegeu o país em 2010 e o mundo teve conhecimento da responsabilidade de ser sede de um evento de tamanha grandeza. A preparação, trabalho de anos, envolveu vários aspectos fora das quatro linhas. Uma questão curiosa apareceu com a proximidade do evento, é ela: a privacidade e segurança de turistas no usufruir dos recursos digitais.

    Por que essa questão veio à tona?

    Antes de tudo, é preciso entender qual é a orientação para os turistas. É recomendado o download de dois aplicativos. São eles: o Hayya, que traz informações sobre a principal atração, a Copa do Mundo, e o Ehteraz que realiza rastreamento de infecções e problemas de saúde. Dentro do Ehteraz, há um Health Card que mostra o resultado dos seus testes de covid, além de conter o registro da nacionalidade, passaporte e os seus tipos.

    As autoridades europeias, pioneiras no assunto, notaram riscos envolvendo a privacidade e a segurança dos visitantes durante a utilização dos apps. Prova disso é o governo da Alemanha comentar que um dos apps coleta dados sobre qual é o número que intermedia a ligação telefônica. Acrescentou também que o celular fica impossibilitado de entrar no modo de suspensão enquanto o aplicativo está baixado.

    O Comissário Federal de Proteção de Dados e Liberdade de Informação (BfDI) recomendou “instalar os aplicativos apenas se for absolutamente necessário, pois o processamento de dados em ambos os aplicativos provavelmente vai além do descrito nos avisos de privacidade.”

    Ponderações das Autoridades da Europa

    Para os europeus, considerou-se a possibilidade de ser um spyware. Como o nome, proveniente do inglês, já dá a entender que se trata de um software instalado sem que a pessoa tenha conhecimento. Nele, espião que transmitiria suas informações pessoais para uma autoridade local.

    Em outros países, como foi o caso da França, também houve uma onda de críticas destinadas ao aplicativo. Houve um pronunciamento do Jean-Noël Barrot, Ministro-Delegado responsável pela Transição Digital e Telecomunicações.  Ele comentou que os aplicativos devem sempre garantir os direitos fundamentais dos indivíduos e a proteção de seus dados. A publicação foi por meio do seu Twitter.

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