Com o mundo cada vez mais conectado através do acesso à internet, que hoje está por toda parte. Porém, após inúmeros escândalos de privacidade envolvendo grandes empresas, muitas pessoas hoje têm a impressão de que a privacidade se tornou algo difícil de ser alcançado, afinal, os hackers estão por toda a parte.
O Brasil é o segundo país com maior número de ataques cibernéticos na América Latina, ficando atrás somente do México. Somente no primeiro semestre deste ano o país registrou 31,5 bilhões de tentativas de ataques cibernéticos contra empresas brasileiras. Número que representou um aumento de 94% em relação ao mesmo período no ano anterior. Já o México, primeiro lugar no ranking, registrou nada menos que 85 bilhões de tentativas.
Estima-se que, a cada atividade fraudulenta concretizada nesses ciberataques, os comerciantes brasileiros afetados perdem em média 3,86 vezes o valor de cada ataque. Ou seja, além de todo prejuízo que o ataque gera para esse comerciante, somam-se também gastos com questões judiciais, resgate dos dados, resolução do prejuízo com clientes, perda da confiança do público e também, muitas vezes, rescisões de contrato.
Quais os setores mais afetados?
Os setores mais afetados por ataques cibernéticos são o de finanças e varejo eletrônico, além disso, um levantamento realizado pela PSafe, analisou 2.400 sites corporativos em busca de vulnerabilidades e entre o total analisado:
- 98% apresentaram um risco médio a elevado;
- 2% apresentaram risco crítico;
Embora a grande maioria das empresas analisadas tenham apresentado risco de médio a elevado, esta segue sendo uma preocupação, visto que, cada vez mais os ataques cibernéticos estão se tornando mais sofisticados, representando um desafio cada vez maior para as empresas.
De acordo com o CEO da Yssy, Frederico Samartini, um dos principais motivos para tantos ciberataques no Brasil é justamente o baixo investimento em cibersegurança. “O cenário começou a mudar após a pandemia, mas ainda corresponde a 10% de investimentos totais em tecnologia. Em outros países, as empresas destinam cerca de 25% a 30% em tecnologia para cibersegurança“.
A preocupação com a privacidade e proteção de dados no mundo tem crescido de modo constante, tanto que, hoje existe o Dia Internacional da Privacidade de Dados, no dia 28 de janeiro. É a data em que empresas de tecnologia realizam diversas ações informativas sobre formas de proteger os dados pessoais.
Educação é uma das táticas de combate ao cibercrime
Durante o evento da Cyber Security Summit “O termômetro para se investir em cibersegurança são os ataques?”, Samartini alertou sobre a importância da educação tecnológica para antecipar os ataques, ao invés de somente tentar resolver a situação após ter acontecido.
Dentre os motivos listados pelo profissional para que se invista na proteção de dados, destacam-se:
- A identificação de vulnerabilidades;
- A garantia do exercício das atividades;
- A prevenção contra o vazamento de dados;
- A manutenção da reputação da marca;
- O combate às ameaças internas;
- A prevenção do sequestro de dados pessoais;
- A capacitação da equipe de TI;
- A adequação à Lei Geral de Proteção de Dados.
“Para garantir a segurança eficiente, é fundamental entender como a proteção de dados pode ser aplicada em cada negócio”, finaliza Samartini.