ESG é a sigla em inglês para Environmental, Social and Governance que em português pode ser traduzido como “ambiental, social e governança”. Esse indicativo serve para medir os impactos sociais e ambientais de uma empresa.
Hoje é possível uma empresa ter uma postura sustentável mantendo a lucratividade. Ao contrário do que se pensa, responsabilidade social, cuidado com meio ambiente e adotar boas práticas administrativas são, além de possíveis de serem alcançadas, fatores que colaboram com a reputação da empresa.
Uma pesquisa realizada pela EY em 2020 com cerca de 300 investidores de todo o mundo, mostrou que 91% deles levam em conta o desempenho não-financeiro das empresas na tomada de decisões para investimentos.
Estudos recentes mostraram que, cerca de 88% dos investidores concordam que empresas que priorizam iniciativas ESG representam melhores oportunidades de retornos de longo prazo do que empresas que não o fazem, e os consumidores globais têm quase cinco vezes mais probabilidade de confiar, comprar, defender e proteger as empresas com um forte propósito ESG.
ESG e LGPD
Dois termos muito difundidos nos últimos tempos, o ESG e a LGPD têm representado um desafio para as empresas, pois ambas trazem consigo uma necessidade de adequação.
Enquanto a Lei Geral de Proteção de Dados, que entrou em vigor ano passado, fala sobre a necessidade iminente de que os dados dos titulares sejam tratados com a devida seriedade considerando o risco que representam, a ESG estabelece as metas e pilares não financeiros de uma empresa, fatores esses que, também contemplam a governança trazida pela LGPD.
Enquanto a LGPD traz consigo a obrigatoriedade de adequação por parte das empresas, podendo implicar em sanções milionárias pelo não cumprimento da mesma, o ESG chega no âmbito empresarial não exigindo, ainda, essa obrigatoriedade. Porém, cabe ressaltar que, a não adequação ao ESG pode resultar em queda na reputação da empresa.
Não podemos deixar de falar que os direitos garantidos pela LGPD têm uma relação direta com o que é considerado uma conduta responsável dentro de uma empresa. Logo, são um passo necessário para a devida internalização dos valores ESG.
Tanto a LGPD quanto o ESG podem ser considerados critérios relevantes de avaliação e escolha de uma marca, visto que, ambas tocam em temas sensíveis da atualidade onde o hábito de consumo e escolha de serviços passam por uma avaliação muito mais rigorosa, podendo uma empresa, além de penalizada por descumprimento de alguma lei, perder o valor percebido frente aos investidores e ao público, que não hesitarão em fazer escolhas que considerem cada vez mais a segurança dos seus dados, o direito à privacidade e as iniciativas em favor de um desempenho sustentável.