O metaverso é um conceito ainda meio nublado para a grande maioria da população e no meio do anúncio do Facebook sobre o futuro da gigante, agora Meta, surgem muitas dúvidas sobre como esse conceito vai, de fato, interferir na vida como conhecemos hoje. 

Hardwares, VR, AR, AI, Blockchain, Smart Contracts, DLT, “open source”, Side-Chains, reuniões imersivas, NFTs e vários outros elementos são uma ideia inicial do que faz parte do universo Metaverso. E várias empresas estão, aos poucos, criando ferramentas de modo a estar dentro desse universo.

A Niantic, a empresa por trás do Pokémon Go, acabou de lançar o Niantic Lightship que é um kit de ferramentas (ARDK – Augmented Reality Development Kit) que vai permitir experiências de realidade aumentada (RA) no local, de modo a entender as ‘cenas’ do momento, podendo identificar o céu, árvores, solo e até mesmo a forma de edifícios e todas as distâncias entre cada elemento.

Tecnologia Open Source no Metaverso

Open Source é um termo que se refere ao software open source (OSS) que possui um código aberto para ser facilmente acessado pelo público em geral. É descentralizado, colaborativo, e pode ser revisado e produzido pela comunidade. Por ser uma opção mais barata, dispensa a necessidade de proprietários e tende a ser mais duradouro, justamente por não ser produzido por uma única empresa ou autor.

O conceito Open Source foi criado por Eric Raymond e outros fundadores da OSI com a finalidade de desenvolver um software livre para as empresas de uma maneira mais comercial.

Para que um um software possa ser considerado open source ele precisa ter distribuição livre, código fonte, trabalhos derivados, integridade do autor do código fonte, não discriminação contra pessoas ou grupos, não discriminação contra áreas e atuações, distribuição da licença, licença não específica a um produto, licença que não restrinja outros programas e licença neutra em relação à tecnologia.

Alguns dos projetos Open Source mais conhecidos são Linux, Ansible e Kubernetes. 

Até então, projetos de metaverso de código aberto nunca haviam, de fato, decolado. “Não havia muito entusiasmo em torno da interconexão, em parte porque realmente não havia um motivo para isso”, disse Philip Rosedale, fundador da editora Linden Lab do Second Life.

Apesar de o Facebook, agora Meta, ser atualmente o maior propagador do conceito Metaverso de código Aberto, outras empresas também possuem projetos que estão, aos poucos, migrando para este conceito como Epic Games, Microsoft e Roblox.

Blockchain no Metaverso

A tecnologia Blockchain está muito conectada ao Metaverso. As criptomoedas e NFTs permitem que os usuários comprem e vendam esses ativos virtuais online, sem fazer nenhum contato físico. As criptomoedas têm sido utilizadas para várias coisas, incluindo a compra de terrenos virtuais, a criação de NFTs e muito mais. Todas essas tecnologias de blockchain estão criando um metaverso que pode ser experimentado como uma evolução na Internet. 

Antes da tecnologia blockchain, o metaverso estava incompleto pois tudo era armazenado na rede centralizada. Através da blockchain se pode trabalhar globalmente como uma fonte digital onde a criptografia torna possível a descentralização. 

A fundação básica do Metaverso é explicada abaixo: 

• Internet: O Metaverso usa uma rede descentralizada de computadores onde nenhuma autoridade centralizada do governo é necessária. 
• Padrões abertos de mídia: Usa itens 3D, áudio, textos, imagens, figuras geométricas, sequências, vetores e qualquer outra combinação de outras mídias digitais. 

• Padrões de linguagens de programação abertas: Padrões de linguagem como javascript, HTML, WebXR, WebAssembly, linguagem de shader WEB GPU e etc. 

• Hardware: Realidade estendida (XR) e realidade mista (MR), como óculos inteligentes.

O Metaverso é o futuro, e as pessoas usarão esses espaços virtuais para interagir, se comunicar, fazer negócios e até mesmo construir comunidades virtuais para se relacionarem. Porém, devem se atentar também às questões relacionadas à imersão excessiva nestes ambientes de forma a não serem psicologicamente afetadas ou ficarem vulneráveis sobre seus dados e privacidade. 

Equilíbrio nesse processo é fundamental para que se possa aproveitar o melhor dos dois mundos.