No último ano, vimos um intenso debate sobre a coleta, o uso e o manuseio de dados pessoais. O que inevitavelmente levou a restrições globais mais rígidas. Esses debates e regulamentos também deram aos consumidores uma maior consciência do valor de seus dados pessoais. À medida que os consumidores em todo o mundo obtêm ganhos em termos de interações com empresas privadas, tendem a perder terreno de privacidade para os governos à medida que o uso da tecnologia de reconhecimento facial e da vigilância em massa aumenta. E, é claro, as ameaças cibernéticas ainda estão por aí.
2019 viu mais de 7.000 violações de dados, contra 6.500 em 2018. Mais de 15,1 bilhões de registros foram expostos, tornando um ano extremamente ativo, apesar das multas serem maiores e mais frequentes do que nunca.
Aumento das mega multas
A Comissão Federal de Comércio dos EUA (FTC) aplicou uma multa de US $ 5 bilhões no Facebook e penalizou a Equifax em U$575 milhões nas duas maiores ações do ano. Sob o Regulamento Geral de Proteção de Dados (GDPR), houve mais de 200 multas por um total de US $ 165 milhões. Google foi atingido com a maior penalidade de US $ 57 milhões.
A GDPR pôs em movimento uma série de regulamentos de privacidade, e isso é só o começo. O CCPA da Califórnia já está em vigor e vários países estão considerando, promulgando ou atualizando leis nacionais, incluindo EUA, Brasil, Canadá, Japão e Coréia do Sul. Tudo isso levou a uma explosão de fornecedores de privacidade.
Criar uma estratégia abrangente de proteção de dados e privacidade em toda a organização continua sendo um grande desafio para os DPOs e especialistas em privacidade.
Uma gama mais ampla de opções de tecnologia
A Associação Internacional de Profissionais de Privacidade (IAPP) listou apenas 51 fornecedores no seu Relatório de fornecedores de tecnologia de privacidade no início de 2017. A edição mais recente lista 259. Os analistas do setor esperam um crescimento contínuo em 2020, considerando todos os novos regulamentos que devem entrar em operação. Também houve um mercado em expansão para advogados e consultores de privacidade de dados, pois eles costumam ser o primeiro passo no processo de seleção de fornecedores.
Maior oferta, mas demanda ainda maior
O estudo de 2017 da IAPP estimou que os requisitos regulatórios do GDPR criariam pelo menos 75.000 posições de DPOs em todo o mundo. Em maio de 2019, um ano após a vigência dos termos do GDPR, estima-se que existiam 500.000 organizações com DPOs registradas apenas no Espaço Econômico Europeu (EEE).
Novos desafios e prioridades
A conformidade com os regulamentos de proteção de dados e privacidade é uma tarefa desafiadora e complexa, que só se torna mais difícil à medida que os governos criam e revisam seus padrões nacionais. Os DPOs e os profissionais de privacidade enfrentam não apenas essas externalidades em constante mudança, mas também consideráveis desafios organizacionais internos.
A CPO (Chief Privacy Officer Magazine) disponibilizou seu relatório Proteção de Dados e Prioridades do DPO 2020 para que a Privacy Tools pudesse trazer os dados para o mercado brasileiro e, então, pudéssemos ampliar o conhecimento nessa área tão importante que torna-se essencial nas empresas do Brasil junto a chegada da LGPD. Nesse material examinamos os desafios enfrentados pelos agentes de proteção de dados e privacidade, juntamente com suas metas prioritárias em 2020 e sua abordagem esperada para alcançá-las.
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