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    Tradicional universidade dos EUA, Lincoln College, fecha suas portas após um ataque ransomware

    Tempo de leitura estimado (em minutos):

    Golpes cibernéticos podem acabar com grandes instituições e o seu impacto negativo afeta a milhares de pessoas que confiaram seus dados e dependiam fortemente dos serviços oferecidos.

    A reconhecida Lincoln College foi fundada em 1865 no dia do aniversário do presidente Abraham Lincoln, um dos responsáveis pela constituição americana e pela conquista de direitos civis. 

    Ficou famosa por incluir a população negra no ensino superior, buscando gerar oportunidades no meio rural em Illinois, que cresceu depois da sua inauguração. 

    Apesar de ter acompanhado os avanços tecnológicos digitalizando arquivos e automatizando processos, a falta de atenção em relação ao sistema de segurança de redes tornou as informações vulneráveis. 

    A organização foi vítima de um ataque do tipo ransomware, que invade completamente os servidores e bloqueia o acesso dos titulares, dificultando a recuperação dos dados. 

    Isso inviabilizou a identificação dos 600 estudantes da universidade, registros importantes como matrícula, notas e também impediu o resgate de recursos financeiros usados na manutenção das atividades acadêmicas. 

    O problema começou em dezembro de 2021 e em 4 meses não foi possível reverter as consequências da invasão ainda sem suspeitas concretas, ainda que desconfiem de motivos políticos. 

    O fim do Lincoln College demonstra como um ataque hacker pode acabar com milhares de sonhos 

    Experiente em lidar com conflitos, tendo enfrentado duas guerras mundiais, epidemias como a gripe espanhola e a crise financeira da grande depressão, as restrições da pandemia causaram desgastes inesperados. 

    Somado aos efeitos da Covid-19, o ciberataque desestruturou a administração do colégio, observada em uma perda histórica para a história da educação nos EUA. 

    Professores e membros do Lincoln College lamentaram o ocorrido e em comunicado direcionado à sociedade, o presidente da universidade demonstrou tristeza e frustração.

    “A perda de história, carreiras e uma comunidade de estudantes e ex-alunos é imensa”, afirmou David Gerlach em discurso ao público. 

    Ao tentar enfrentar esse momento difícil, a instituição gastou muito dinheiro e mesmo assim não obteve resultados 

    Inicialmente foram gastos US$ 100.000 na tentativa de revitalizar os bancos de dados e barrar mais ataques, porém, o recurso utilizado não havia sido um malware comum e sim um software potencialmente destrutivo. 

    Nas redes sociais a mobilização partiu de alguns grupos que levantaram a ‘’hashtag’’ #SaveLicolnCollege e em uma postagem oficial o Ellon Musk foi marcado, porque poderia ajudar com doações. 

    Uma campanha foi feita pelo GoFundMe na tentativa de arrecadar fundos, com a meta inicial de US$ 20 milhões que não chegou nem perto de ser atingida. 

    Conforme um levantamento da Emsisoft, especialista em proteção de dados, pelo menos 1.034 instituições de ensino no mundo foram alvos de ataques parecidos no último ano.

    Isso revela um mal preparo de grandes universidades que ainda não têm um sistema de segurança confiável protegido por criptografia de ponta e alerta qualquer corporação a criar medidas concretas envolvendo medidas de privacidade. 

     

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